Seguindo a Academia Evangélicade Letras e Artes de MS

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Homenagem a Campo Grande/MS



O vice-presidente da AELA/MS (acadêmico Adoniram Judson de Paula)  homenageando  Campo Grande, pelos seus 112 de existência.

Campo Grande – 112 anos

No Centro-Oeste brasileiro, em meio ao cerrado mato-grossense, um mineiro se encantou com uma bela paisagem, quase toda plana, com leves relevos, muita água e resolveu se fixar na região, onde sua fazenda logo se tornou ponto de referência.
José Antonio Pereir  estava à  procura de gleba da qual pudesse apossar com sua gente. Assim, no dia 21 de junho de 1872, acampou nas terras onduladas da Serra de Maracajú, na confluência dos córregos Prosa e Segredo – hoje Horto Florestal. Em 14 de agosto de 1875, José Antonio Pereira trás sua esposa e seus oito filhos, escravos e outros.
As casas naquele precário alinhamento  formaram a primeira rua, a Rua Velha – hoje 26 de agosto – que terminava num pequeno lago, de onde se ensaiava uma bifurcação, formando mais duas vias. José Antonio Pereira havia construído sua casa na ramificação de baixo, em sua fazenda Bom Jardim. Em 1879 surgem novas caravanas de mineiros que vão distribuindo-se através de marcações de posses, estabelecendo assim as primeiras fazendas da região de Santo Antonio de Campo Grande.
Na parte central da rua, na casa de comércio e farmácia ( propriedade de Joaquim Vieira de Almeida)  reuniam-se as pessoas graúdas da comunidade. Este era o homem de maior instrução da vila, redator de atas e cartas de caráter público ou privado. Ali eram resolvidos os problemas comunitários. Era dali que  saíam as reivindicações ao governo. Possivelmente de autoria de Joaquim Vieira de Almeida foi à correspondência pedindo a emancipação da vila. 
 Depois de antigas e insistentes reivindicações, também, devido a posição estratégica, e por ser passagem obrigatória para quem fosse do extremo Sul do Estado a Camapuã ou ao Triângulo Mineiro, o governo estadual assina a resolução de emancipação da vila, elevando-a a município de Campo Grande em 26 de agosto de 1899.” - (Extraído da História de Campo Grande)
   Passados são 112 anos e Campo Grande se firma hoje como uma das mais importantes cidades brasileiras. Cidade bela, moderna, porém rústica naturalmente, ainda tranqüila se comparada a outras metrópoles brasileiras. Ruas e avenidas largas e bem arborizadas, vias bem desenhadas, envolvidas por muitos parques e jardins, onde se podem ver bichos soltos como na natureza intacta, somando-se à rica hidrografia, a cidade faz jus ao titulo de Capital do Pantanal. Povo bonito, trabalhador, cor morena em predominância, e por seu solo meio que avermelhado, suas miscigenação intensa com povos fronteiriços, além dos índios, bem como a sua tropicalidade climática, renderam-lhe o honroso título de CIDADE MORENA.
A pujança cultural  e o intenso e robusto comércio, enormes edifícios, belos conjuntos residenciais convivem ainda com casas simples, acolhedoras como a minha, onde ainda é possível de se ver famílias inteiras proseando e  jovens tranquilamente assentados tomando tereré. Clima bom: no calor, muito calor e no frio, muito frio. Chuvas regulares e estações ainda possíveis de serem distinguidas. Muitas árvores frutíferas plantadas generosamente em toda a cidade, tornando possível aos seus cidadãos comerem uma manga pela rua a fora enquanto caminham e proseiam.
Campo Grande está crescendo assustadoramente, infelizmente a violência também. Mas, ainda é uma cidade boa para se morar. É apropriada para criarmos nossos filhos e “ajudarmos” nossos filhos a criarem os seus. Campo Grande, terra livre, hospitaleira que acolheu primeiro os mineiros, depois os gaúchos, os paulistas, os cearenses e tantos outros nordestinos de todos os estados, muitos paranaenses, enfim gente de todo o imenso torrão brasileiro. Campo Grande religiosa convive pacificamente com todos os credos e fés.  Campo Grande não nega seu passado fazendeiro e sua herança pecuária. Vez em quando ainda uma vaca ou um ou outro boi escapa e desfila pelas ruas da cidade, proporcionando delicia matéria captada pela lente de algum cinegrafista amador, ou até de celular qua manda para a imprensa nacional passar no tele jornal de forma jocosa, como se isto fosse tudo...
Ainda são muitas fazendas e algumas lavouras. Mas, cada dia mais os filhos desta terra são enviados para as quase 10 universidades, que fizeram de Campo Grande uma cidade culta e universitária, grande pólo cultural para onde afluem jovens de muitos outros estados, renovando e ratificando a vocação multi-estadual de nossa cidade. Campo Grande é uma linda Capital. Mas, não podemos chamá-la de “Cidade Maravilhosa”, pois seria um plágio inaceitável duma sua “concorrente”, que a mais só tem a praia e a menos a mata, o ar puro, a simplicidade complexa do seu meio ambiente. Mas, para nós, legítimos ou adotados “campo-grandenses” não há nada mais belo! Mais aconchegante! Mais gostoso! E, por que não provocar um pouco? Mais maravilhosa do que Campo Grande, rainha das capitais do Centro-Oeste brasileiro, uma das mais belas do Brasil e, num arroubo de puro narcisismo cidadão, podemos dizer: __Parabéns Campo Grande, a melhor cidade do Mundo!



Rev. Adoniram Judson de Paula
Ministro Presbiteriano – Escritor
Vice-Presidente da Academia Evangélica
De Letras e Artes do MS – (AELA-MS), e
Ocupante da Cadeira nº 03 – Josué.

Nenhum comentário:

Postar um comentário